A mostra Documentário: desvio e descoberta, do Cineclube Vila das Artes, apresenta nesta quarta (1) o documentário Sem Sol (França, 1984), de Chris Marker. A obra lança luz às reflexões sobre o tempo e a memória coletiva expressas em palavras e imagens de lugares como Japão e África. Dois polos extremos da sobrevivência. É considerado um filme-ensaio, onde uma mulher lê cartas imaginárias de um cineasta imaginário, cobertas por imagens reais.
Marker explica: “O texto não comenta as imagens, assim como as imagens não ilustram o texto. São duas séries de seqüências que, evidentemente, chegam a se cruzar e criar signos; mas seria cansativo tentar confrontá-las. O melhor, portanto, é tomá-las na desordem, na simplicidade e no dédoublement, como convém tomar todas as coisas no Japão.".
A sessão acontece às 17h, na Vila das Artes, equipamento da Prefeitura de Fortaleza, voltado para a formação em artes, apoio a produção, incentivo a pesquisa e difusão cultural. Após tem bate papo com Jane Malaquias e Lara Vasconcelos. A entrada é gratuita. Interessados em receber comprovante de participação devem enviar email para estagioaudiovisualviladasartes@gmail.com. A mostra traz filmes que traçam um recorte da estética documental na segunda metade do século XX. A Vila das Artes fica na Rua 24 de Maio, 1221, centro. Informações pelo 85. 3252-1444.
Programação de junho
Dia 01
Sem Sol (França, 1984, de Chris Marker)
Uma mulher desconhecida lê e comenta as cartas que recebe de um cineasta que percorre o mundo. São reflexões sobre o tempo e a memória expressas em palavras e imagens de lugares como Japão e África. Dois polos extremos da sobrevivência.
Dia 08
66 imagens da América (Dinamarca, 1982, de Jorgen Leth)
O documentário é composto por registros quase fotográfico de personagens e situações durante uma visita do diretor aos Estados Unidos. Como é característica de vários de seus filmes, elementos banais são olhados e descritos com uma distância e estranhamento que são ao mesmo tempo cômico e desconcertante.
O documentário é composto por registros quase fotográfico de personagens e situações durante uma visita do diretor aos Estados Unidos. Como é característica de vários de seus filmes, elementos banais são olhados e descritos com uma distância e estranhamento que são ao mesmo tempo cômico e desconcertante.
Dia 15
Teodorico, o Imperador do Sertão (Brasil, 1978, de Eduardo Coutinho)
Primeira obra-prima de Eduardo Coutinho, filme seminal de seu modo de fazer cinema. Um genial retrato do imaginário de um homem poderoso do nordeste, colocado de forma crua como nunca antes e nunca depois. Sem o uso de interpretações pré ou pós-filme, Coutinho descobre na voz do outro uma brecha especial na criação de imagens livres.
Dia 22
No outono de 1989, uma rebelião popular derrotou a ditadura de Nicolau Ceausescu, pondo fim ao regime comunista que vigorara por mais de quatro décadas na Romênia. Durante cinco dias, manifestantes ocuparam a estação de televisão estatal em Bucareste e transmitiram 120 horas contínuas de programação, levando aos espectadores uma cobertura da revolução em tempo real.
Dia 29
À margem da Imagem (Brasil, 2003, de Evaldo Mocarzel)
Documentário sobre as rotinas de sobrevivência, o estilo de vida e a cultura dos moradores de rua de São Paulo, abordando temas como exclusão social, desemprego, alcoolismo, loucura, religiosidade e, como sugere o próprio título, o roubo da imagem dessas comunidades, promovendo assim uma discussão ética dos processos de estetização da miséria.
"Interessados em receber comprovante de participação devem enviar email para estagioaudiovisualviladasartes@gmail.com."
ResponderExcluirO comprovante é gratuito?
Aquele abraço!
Sim, Sérgio.
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